quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sindicalismo

Aproveitando o gancho do último post, vou falar um pouco sobre um texto que eu li no Globo, do economista Rodrigo Constantino, que fala sobre as barreiras do sindicalismo.

Ele fala sobre a economia de mercado ou democracia dos consumidores, em que a concorrência e a exigência dos consumidores levam as empresas a oferecerem os melhores produtos pelos menores preços, por isso são levadas a pagar o salário de mercado, ou seja a famosa lei da oferta e da procura. Se uma empresa reduzir a jornada de trabalho, sem reduzir os salários, com uma produtividade constante, ela perderá competitividade e poderá ir a falência.

Os consumidores não querem saber se o sindicalista que descansar mais, ele quer pagar menos. O próprio sindicalista, no papel de consumidor não questiona se o que ele compra foi produzido por empregados que trabalham 40 ou 45 horas semanais. Ele quer o melhor produto, pelo menor preço também.

De acordo com ele, uma caracteristica comum à mentalidade sindicalista é o foco no curto prazo. O empresário sempre é visto como explorador. Muitas vezes o sindicalista não acompanha as condições do mercado e nem os problemas do empreendedorismo.

A essência das politicas sindicais é sempre garantir privilégios para grupo minoritário à custa da maioria. O resultado acaba sendo a redução do bem-estar geral.

Os sindicatos tentam evitar a competição entre os trabalhadores, privilegiando os que já estão empregados e filiados aos sindicatos. Quando os sindicatos tentam alterar as leis trabalhistas em relação a salário ou jornada de trabalho, muitas vezes dificultam a entrada de novos trabalhadores no mercado, gerando desemprego e o trabalho informal.

Segundo Rodrigo Constantino, a melhor garantia que os trabalhadores tem para mudar de vida está no livre mercado. Com o foco nos consumidores, os empresários terão que investir na produtividade do trabalho, permitindo maiores salários. Por isso os trabalhadores de países mais livres, com maior flexibilidade trabalhista e menores encargos, desfrutam de condições melhores que aquelas encontradas em países mais intervencionistas.

Não adianta pensar que imposições legais vão melhorar a vida dos trabalhadores. Segundo ele, a solução está no próprio progresso capitalista, que permitiu aos trabalhadores maiores salários e uma diversidade de produtos e serviços que seriam impensáveis no passado.

Acho que vale uma reflexão sobre o mercado de trabalho e como muitas vezes as pessoas mudam de interesses conforme mudam de posição.

Um comentário:

  1. O sindicato hoje é um mero fator político e não mais defende os direitos dos trablahadores...

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